segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

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Sabor fresco e eterno que se enrola nos meus cabelos soltos no vento, sopro quente e adocicado que acaricia a minha pele clara e frágil, roubas-me os dias, as horas frias e mortas que correm euforicamente sem rumo.
O sol cai lentamente fundindo-se na noite negra deixando longas plumas alaranjadas pelo céu. Observo o mundo pela janela tão calmo e sereno, o frio tornava-o assim. Sorri timidamente sabendo que não estava só, que o sol continuaria morno aconchegando-me nos fins de tarde, protegendo-me das garras afiadas dos chacais que me rasgaram a alma.
Os últimos raios do crepúsculo inundaram o meu quarto. Sorri novamente. Não havia palavras. Não havia medo. Não haviam lágrimas. Apenas luz e o doce mel que escorria dos seus lábios.

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